sábado, 29 de maio de 2010

quando entrei aqui e vi a publicação de minha irmã, não pude deixar de pensar no Criador, no Rei de todo universo, e enquanto lia o texto pensei na imensidão do amor dEle, e como ele faz tudo por nos.
Quando eramos o nosso alvo, e nos voltamos a Ele, sempre nos recebe com carinho e mor, e não importa quantas vezes no eramos, quando soa um perdão de nossos labios, todos os nosso erros são perdoados, e o melhor de tudo o Rei os apaga, nos tornando seres limpos sem macha, sem pecado.
o mais intessante é que quando eramos o alvo novamente, no dizemos de novo,que vergonha, eu tenho medo do que o Rei vai me dizer, Ele não vai me aceitar de novo. Mas Ele nem lembra dos outros, na visão do Rei e o primeiro.
poriso não podemos deixar de tentar, e se amanha eu ou você errar o alvo novamente, lembre-se Deus vai te aceitar sempre.

Aline
Seu rosto estava banhado em lágrimas, prostava-se diante dele, a cabeça quase tocava o chão, e os seus cabelos se emaranhavam em meio seu rosto molhado, podia-se ouvir o ofegar daquele peito cansado, a dor era tão intensa que sentia seu coração quase se ragar dentro do peito, seu choro engolia todo o fôlego, até seu corpo contorcer-se em necessidade de ar.
Uma agonia intensa rasgava-lhe a alma e sentia que, se por acaso se inclinasse um pouco mais poderia arrancar pela boca a dor que lhe castigava, mas então percebia que não era uma dor física, mas uma dor que lhe torturava a alma, nascia do meio do seu peito e espalhava-se em ondas por todo o corpo até sentí-lo trêmulo, não podia erguer o rosto, queria, tentava e não podia, sentia que a vergonha pressionava a baixar-se um pouco mais, a curvar-se um pouco mais.
As palavras brotavam em sua garganta e morriam antes mesmo de sair pela boca, apenas o gemido restava, um abafado gemido, doía os ouvidos aquele gemido, a guarda real estava inteira alí, todos em linha, com a mão direita postada sobre a espada ainda em suas bainhas, queixo erguido, olhava para frente, defendiam o rei com suas vidas, sem nem mesmo pensar, seus rostos belos não demonstravam nenhuma sensação, mas aos poucos aqueles dolorosos gemidos fizeram com que lágrimas deslizassem pelos rostos paralisados.
A dor no peito era cada vez mais intensa, havia medo de olhar para ele, e ver os olhos de desprezo e reprovação, de ouvir a voz firme condená-lo, os pensamentos começaram a se bagunçar em sua mente.
"Eu pedi uma chance ele me deu, pedi outra e outra e outra vez, mas falhei, falhei tantas vezes que até mesmo eu perdi a paciência, me detestei todos os momentos que errei, imagina ele então? o próprio rei? e agora, vou lhe dizer o que? olha rei, eu vou tentar mais uma vez, sabe, sei que só errei, que falhei e vacilei, mas desta vez vai ser diferente. não foi estas mesmas palavras que usei da outra vez?"
Outra vez o medo rondava, ouvia as palavras dele ecoarem em sua mente: " vai te condenar a morte! você simplesmente não tem solução! ele se cansou! olhe nos olhos dele e veja a ira!"
Sua boca se abriu e mal podia-se ouvir a palavra, a única palavra que saiu de sua boca:
- Perdão!
Houve um silêncio, parecia durar uma eternidade, queria ter coragem de erguer o rosto e olhá-lo, mas a vergonha o mantinha no chão, não ouvia resposta alguma, e agora a agonia era tão intensa, que sentia que morreria em desespero,de repente sentiu uma mão bondosa tocar-lhe o ombro, uma sensação boa invadiu seu peito, então duas mãos fortes fizeram com que se levantasse do chão, sentiu o abraço, um abraço tão forte, deixou-se desabar naquele abraço e chorou o choro mais intenso, chacoalhando seu frágil corpo, não ouvia mais a voz do medo, não sentia mais aquela agonia, mas uma sensação de paz lhe envadiu o peito e seus pensamentos agora eram só bons pensamentos, uma alegria lhe tomou conta, e em meio ao choro não conseguia parar de sorrir, olhou-o então, e surpreendeu-se, havia tanto amor, tanto amor naqueles olhos, um amor que jamais imaginou que poderia existir, a esperança entrou em seu coração, abraçando apertado. o rei sorriu, apertando o corpo pequeno em seus braços, e ali ficaram em silêncio por um longo tempo, esta foi a resposta do rei em meio a todas falhas que havia cometido, mesmo consciente delas, a resposta do rei foi um abraço de amor.
Sem moverem-se do lugar, a guarda real chorava em alegria!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

- Está tudo tão bagunçado.
Ele olhou ao redor, as coisas jogadas pelo chão, gavetas e portas abertas, papéis empilhados, alguns potes destampados com todo o seu conteúdo espalhado, ela estava sentada no chão olhando um velho baú de madeira, praticamente arrancava as coisas de dentro do baú.
- procurando alguma coisa?
ele chegou perto dela e olhou o conteúdo do baú, as mãos dela tremiam, e ela sem levantar o rosto para ele respondeu com voz embargada,
- estou procurando algo, sei que está por aqui em algum lugar.
- o que é? talvez eu possa ajudar.
ela parecia não ter ouvido o que ele falou, jogou o baú para um canto e levantou-se apressadamente, subiu em uma pequena escada em frente ao armário e começou a espalhar bagunças que estavam na parte de cima por toda parte, as palavras começaram a sair de sua boca, apressadas e atrapalhadas e suas mãos moviam-se com tanta agilidade, levando aos olhos pequenos pedaços de papéis e pequenos objetos, depois eram atirados por tras do ombro e se espalhavam pelo chão.
- antes havia tanto aqui dentro, eu podia sentir o cheiro quando entrava, em todo lugar esparramava-se pelo chão, sentia até mesmo o sabor doce sem ao menos colocar em minha boca, tinha uma textura suave e aveludada, eu nuca reparei que aos poucos começou a diminuir, uma vez achei que não tinha mais o mesmo sabor e o aroma era quase imperceptível, mas então achei que era coisa da minha cabeça, só que hoje ao abrir a porta percebi que havia sumido, não havia mais nada, mas eu sinto que ainda há algum pedaço escondido em algum lugar, eu sei, só tenho de encontrar...
- ei, ei, mais devagar, do que você está falando? o que é que estava espalhado? o que você procura?
ele estava olhando para ela e tinha a absoluta certeza de que seus olhos estavam encharcados pelas lágrimas, ela não o ouvia, ele percebeu que ela apenas chorava e com as mãos tremidas procurava algo que ele não sabia o que era, ela começou a falar novamente,
- eu sei que se encontrar um pedaço pequeno que seja poderei fazer crescer outra vez, e ser como era antes, eu preciso daquele aroma, daquele sabor, eu simplesmente preciso que seja como era antes...
- me diga, ele disse veemente, o que você procura, talvez eu possa ajudar!
ela parou de procurar, baixou a cabeça por um instante que para ele pareceu uma eternidade, então virou-se para ele e o olhou demoradamente, os olhos dela tinha um cor tão profunda que demonstravam dor, ele sentiu receio, e sentiu as palavras sumirem de seus lábios, deixando sua boca vazia.
- Amor, estou procurando um pedaço de amor!
Ele fechou a porta daquele coração e a deixou lá procurando um pequeno pedaço de amor, saiu andando e simpleste não olhou mais para tras.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Os olhares se encontraram, ela sorria de um jeito tão doce, ele perdia as palavras, era necessário desviar os olhares para as palavras fluirem ordenadamente, o pensamento dela estava nele, observando-o disfarçadamente, e o pensamento dele era somente ela.
Ela lembrava do passado, ele falava do presente, os dois pensavam no futuro.
Tinha aqueles segundos de silêncio, e então os olhares se encontravam, os sorrisos se entendiam.
Aos poucos foram sendo mais naturais, há tanto tempo desde a ultima vez que se viram,ele observava-a mover as pequeninas mãos delicadas, o sorriso, os enormes olhos que o olhavam de uma forma tão intensa que ele chegava a sentir medo, e uma euforia ao mesmo tempo. Ela se derretia toda vez que ele sorria, as mãos quentes, a pele tão branca e perfumada, tinha uma vontade imensa de envolver-se naqueles braços, afundar-se naquele peito e ficar ali, ouvindo o coração dele cantar.
A conversa estava tão deliciosa, era ótimo ouvi-lo, ouvir o som da voz dele, o riso.
As horas voaram, e de repente já era hora de ir, ela tinha vontade de pedir que ele ficasse, ele tinha vontade de ficar.
Levantou-se, despediu-se dela, olhou-a mais uma vez, o rosto delicado, os cabelos negros como o anoitecer, a boca como um botão de rosa, sorriu, disse um tchau, com vontade de dizer "vem, vamos andar por aí".
ela abaixou a cabeça, não gostava de vê-lo ir, então surprendeu-se, ele voltou e a beijou, a beijou de uma forma tão doce e tão intensa, ela deixou-se perder naqueles lábios tão macios, então ele olhou-a, olhos nos olhos, quando as mãos se soltavam ele voltou e a beijou mais uma vez, e então se foi, agora ela o olhava partir, um sorriso nos lábios, o sabor dele ainda estava ali. quando saiu, o sol estava morno, e ela andou sem pensar em mais nada, sem rumo, o pensamento nele.
E ele olhava a tela do computador com o pensamento nela, quando a veria de novo? como seria estar a sós com ela?
Foi a última vez que se encontraram...

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Achei esse texto, ecrito a algum tempo, estou colocando aqui, para não ficar tanto tempo sem postagem, espero que gostem!


As vezes eu penso "como o tempo passa rápido", todo mundo diz isso, mas acho que nunca param para ver como é pura verdade, parece que ontem eu tinha apenas 15 anos, com tudo pela frente, uma paixão que achava ser avassaladora, várias idéias na cabeça, um futuro brilhante, não vou dizer que muita coisa disso não aconteceu, mas pensamentos mudam, e quando não mudam simplesmente desistimos.
Sou muito feliz na minha vida de hoje, não posso reclamar, mas o que ser quando crescer de dilema vira tragédia( risos) o amor tem cor e forma diferente, mais maduro, mais bonito menos intenso, ou mais intenso, o momento é quem diz....
Mas posso dizer que algo que eu não previa, não planejara e não imaginara me surpreendeu por completo, me tirou o chão e me mostrou que felicidade pode ser muito mais que completa e plena, pode ser além do que sonhamos!
Dia 20 de abril desse ano, Deus me concedeu o maior previlégio, ser mãe, mãe da criaturinha mais linda e encantadora que possa existir, minha pequenina Mariana, e eu não podia imaginar que a vida seria tao boa pra mim, me sinto completa agora, e nada do que dizem pode se comparar com o amor de ser mãe, a realizaçaõ de ter um ser gerado por você, dependente de você.
Minha princesa, Deus iluminou meu mundo quando me enviou você, eu não canso de te admirar e rir a cada nova coisa que você faz, seu primeiro sorriso, seus pimeiros movimentos, seu choro, quando mama sugando meu seio com tanto carinho é os melhores momentos do meu dia, e que prazer acordar no meio da noite para poder amamentá-la e acariciar seu rostinho branco como neve, sentir seu cheirinho,tocar suas maõzinhas ainda tão pequeninas, mas que quem sabe descobrirão no futuro milagres da ciencia, ou governarão um país, ou tocarão os mais belos instrumentos, eu não sei minha pequena, nós nunca podemos imaginar o que o futuro nos guarda, talvez guarde a você a mais intensa felicidade como a minha.
11/07/2009.

quinta-feira, 13 de maio de 2010



Ela olhava para a chuva lá fora, o rádio tocava uma canção antiga, a voz do cantor ecoava pela cozinha, a chuva batucava no vidro um ritmo suave, sem perceber ela tamborilava os dedos na mesa acompanhado o som da chuva.
Suspirou, olhou para a xícara de café fumegante bem a sua frente, o aroma do café havia tomado conta da cozinha, era uma manhã fria, ela se encolheu no pijama de flanela listrado, estava sozinha, na verdade estava sempre sozinha, passou a mão pelos cabelos bagunçados, ouviu as batidas do relógio anunciando que era sete horas da manhã, fechou os olhos e tentou lembrar desde que horas estava acordada, não lembrava na verdade de ter dormido, então o riso dele veio a sua mente, ela sorriu, gostava daquele riso, lembrou das palavras exatas ao telefone, ela sempre sabia de cor tudo que conversavam, todas as conversas, todos os risos.
“ Você fez muita falta hoje”
‘ Sério?” e então o riso, ela imaginava ele jogando a cabeça para traz e rindo, como sempre fazia, as vezes ela pensava que ele estava simplesmente fazendo um jogo e nada mais, mas então ela lembrava o quanto ele era sincero, em tudo que dizia.
“lembrou de mim hoje?”
O riso, “ hoje tive um dia tão atarefado que nem deu tempo de lembrar de alguém”
Pensou nele com carinho, pensou no gosto do beijo que nunca teve, no toque do abraço que nunca deu, ela ficou assim por tanto tempo que levou um susto quando o telefone tocou na sala.
“alô”
“ estarei te esperando em meia hora. Ok?”
Oh, minha nossa ela tinha menos de vinte minutos para se vestir, e pegar sua companheira de trabalho, mas qual roupa por? Qual ele notaria mais, apesar de que ultimamente qualquer uma que ela colocasse sempre receberia aquele doce olhar que nadava dentro de seus olhos. Sorriu pra si mesma.
“ok. Estarei aí”
Ela dirigia sem pensar em nada, apenas o sorriso bobo em sua boca, o silêncio no carro foi quebrado pela música que sua amiga colocou, um pouco agitada, mas ela nem se importou, apenas sorria.
Ao entrar no escritório foi o sorriso dele que a fez sentir-se no ar, ele a olhou dentro dos olhos, e não foi necessário palavra alguma, ela entendeu.
Olhou para as botas cowtry de um marrom quase creme, que usava, estavam respingadas da chuva, a pequena saia jeans estava um palmo acima do joelho, tirou o casaco de lã caramelo que usava, deslizou as mãos sobre a camisa branca e ajeitou o lenço de seda ao redor do pescoço, ela olhou de canto de olho e percebeu que ele a olhava, acompanhava o deslizar de suas mãos, olhava os detalhes de seu rosto, ela sentou-se sorrindo, poderia vir o que viesse, ele estava ali, e isso já lhe bastava.
Ela olhava ao redor, ouvia o choro de alguns, e a voz desesperada de outros, parecia tudo em câmera lenta, as coisas pareciam estarem fora do lugar, correria, desespero, suas mãos estavam molhadas, ela sentia um dor aguda e queimada em baixo das costelas do lado esquerdo, olhou suas mãos estavam vermelhas, como tudo aquilo acontecera? Ela não conseguia lembrar, tinha uns flash de alguém entrando, gritando, havia uma arma ela lembrava disso, ouviu uns estampidos e de repente estava ao chão, escondendo-se, ela estava olhando suas mãos tentando entender, e então olhou para frente e perdeu-se naqueles olhos imensos e castanhos, mas agora não eram doces, era de desespero, de medo e de saudade, aqueles lindos e imensos olhos olharam suas mãos, então ela sentiu o perfume dele, sentiu o toque dele e deixou-se desabar naquele colo, os olhos dele, eram os olhos dele, os olhos dele lhe traziam paz, segurança e ela não conseguia parar de olhar, ela sorriu, deslizou a mão sobre o rosto dele, uma marca vermelha ficou na pele morena, ela não queria parar de olhar aqueles olhos, de perder-se lá dentro, mergulhar naquele amor, naquela paz, mas estava tão difícil, e foi vencida pelo cansaço, levou com ela aquele olhar, ah, foi aquele olhar que a conquistou, e ela o amou intensamente, e agora que ela estava em seus braços, tão linda, tão sem vida, ele soube, ele a amou desde o primeiro momento que a viu.





Lílian Soares
04.05.10