quarta-feira, 30 de junho de 2010

Tem dias que me pego pensando nessa minha vida meio doida, talvez todo ser humano ache que só ele é estranho, louco ou perfeito, percebo que todos nos, somos HUMANOS.
Ou seja, temos tantos defeitos que faria um rol muito maior do que o rol das qualidades, mas sinceramente, tenho a plena certeza de que superei todas as espectativas.
Sou uma anta, realmente, acreditem, uma completa anta. Faço coisas as vezes que simplesmente não sei o porque, mas quando menos percebo, já foi aí me vejo toda esclerosada dando chiliques e arrancando todos os meus fios de cabelo.
Sou a pessoa mais medrosa desse mundo, e talvez, pode até ser uma desculpe, mas, talvez esse excesso de medo me faça cometer tantas burradas.
Esses dias atras parei para fazer uma lista de meus maiores medos, olha o que percebi:
1º medo de decepcionar os outros.
2º medo de decepcionar meu pai.
3º medo de não ser aceita.
4º medo de estressas ou causar raiva em alguém.
5º medo de não agradar a todos.
6º medo do que pensam de mim.
7º medo de fracassar.
8º medo de envelhecer sem realizar meus projetos.

esses são alguns, mas perceberam? meus maiores medos se resumem nos outros. Esses tempos atras almocei com um amigo, antes desse almoço, ele era um, conversavamos, era atencioso e até carinhoso nas palavras, depois de muito pensar, aceitei o almoço, oras, era só um amigo que eu não via há muito tempo, mas eu tremia de medo, de ele pensar em como eu era fútil, chata, sem conteúdo, feio, bla bla bla, medo, medo e medo.
Bom acho que todo esse medo bloqueou quem sou, e simplesmente, depois desse almoço ele sumiu, e poucas vezes em que nos falamos ele foi um pouco rude.
percebo que depois desse medo todo, veio a decepção, e aquele pensamento :"eu sabia, sou um desastre, sou uma pessoa horrível".
Esses meus medos erstúpidos me colocam em tantas enrascadas, eu seguro tudo o que penso, respiro, pondero e simplesmente falo aquilo que penso agradar ao meu ouvinte da ocasião, em situações em que devo dar minha opinião,acabo não dando minha verdadeira opinião, e falando nada com nada, medo de que eu decepsione alguém com minhas idéias, pensamentos ou palavras.
Mas esse medo vai sufocando minhas palavras, e quando simplesmente elas saem de minha boca, são em ocasiões impróprias, de forma incorreta e não consigo me fazer entender, apenas magôo.
Passam-se dias, e não consigo me perdoar. sinto que me pisam porque eu não falo nada, e vou me tranformando na pessoa que os outros querem que eu seja.
Agradar, agradar, medo, agradar, agradar, medo, e assim se define Lilian.
Tenho o medo de fracassar como filha, como amiga, como colega de trabalho, como chefe, como esposa, como mãe, como serva, como irmã, ser uma colecionadora de fracassos.
Tantos medos em uma pessoa tão pequena, não imaginava que fosse possível existir tantos medos.
E um desses medos de decepsionar me colocou mais uma vez numa enrascada, num impasse envolvendo tantas pessoas, tantas vidas!
Bom, estou começando ainda, mas estou numa nova filosofia, na filosofia do Deus e eu.
Deus me fez assim, eu me aceito, mas rejeito meus medos, meus defeitos que afastam-me de uma convivência com Ele.
Aos poucos estou deixando os remédios da depressão de lado, é, esses meus medos me adoeceram, mas Deus tem me recuperado, temos tido longas conversas, Ele me escuta, me faz rir, me faz chorar, faz com que eu me encontre, eu o amo. Ele é o melhor da minha vida!
Estou gostando desses novos passos, porque me sinto como uma criança aprendendo a andar, quando o medo me faz quase cair, sinto a confiança das mãos de meu Pai me sustentando, olho para Ele, seus olhos bondosos e o sorriso em seu rosto fazem com que eu me sinta segura, sinto forças e ensaio mais alguns passos, aos poucos vou percebendo que Ele está ali, e não vai me deixar cair.
Começo a pensar mais em mim, vejo que o que as pessoas pensam de mim é uma opinião delas, não quer dizer que seja verdadeiro, e que não preciso dessa opinião para conquistar as coisas que desejo.
E não me importo tanto com as palavras ditas a meu respeito, posso não ser o melhor, mas meu Pai sente orgulho de mim, vejo em seu sorriso, vejo em seus olhos, e, sinceridade? isso me basta.

terça-feira, 29 de junho de 2010

É engraçado, eu sempre tive a impressão que quando um ente querido partisse, seria um dia cinzento, chuvoso e frio, hoje o céu abriu-se com um sol morno e nuvens claras, um dia delicioso para sentar-se a céu aberto e aproveitar o calor doce dos raios de sol.
Uma manhã tranquila, crianças caminham pela calçada com suas mochilas grandes e coloridas, ouve-se,os risos e os gritos euforicos da infância, as pessoas caminham calmamente, falando ao celular, ouvindo canções alegres nos carros, conversando animadamente com amigos.
A vida seguindo seu curso, e ela esta ali, silenciosa, eu fico olhando-a, parece não ser a mesma, apesar de as lágrimas inundarem meus olhos, o sorriso bobo me vem aos lábios, tenho a nítida impressão que a qualquer momento ela vai levantar-se e sorrir, com sua voz maravilhosa: "peguei vocês", apesar de que a palavra vocês seria trocado por um termo um pouco vulgar mas que quando saia de sua boca, tornava-se quase elegante.
ou tenho a impressão de que seus dedos moveram-se em um gesto obsceno, e seus lábios já não suportando a espectativa erguerem-se em um riso hilariante.
é tudo que podemos esperar dessa mulher maravilha que esta ali, tão quieta, estranho vê-la assim, mulher de fibra, lutadora, persistente, sabia aproveitar o melhor da vida, as lembraças que ficam são mais que agradáveis, parecem simplesmente serem irreais, terem saído de um romance desses que você lê e nunca mais esquece porque simplesmente se sente como parte dele, como sendo não um leitor, mas um personagem.
Fui uma personagem na vida dela, as vezes presente, as vezes distante, mas sempre apaixonada por aquela alma alegre e vibrante.
Quanta coisa enfrentou hem? quantas vezes as pessoas disseram: " dessa vez ela desaba", e mais que triunfante, com a cabeça erguida ela ressurge, linda elegante e desbocada (risos), nunca palavrões foram falados com tanta classe.
Me dói a alma, não posso mentir, ainda não consigo parar de chorar, porque é tão difícil aceitar que simplesmente você terminou de fechar a mala, e partiu? essa viajem sem volta, sem telefonemas, sem cartões postais.
Levou consigo as tardes quentes em que corriamos atras de carangueijos que fugiam na cozinha, os risos intensos que chegavam a nos deixar sem fôlego, as histórias engraçadas, as loucuras que você já fez, quando deitavamos na sala, fechavamos toda a casa, e assitiamos filmes de terror, até adormecermos, ou ate levantarmos para comer de novo.
Era minha companheira de fofocas, de fantasias e de conselhos. choravamos juntas, riamos ainda mais, tomavamos coca-cola as oito horas da manhã, e comíamos caranguejo e camarões de madrugada!
não consigo lembrar de um momento triste ao seu lado, mesmo quando estava lutando pelo filhão, era sempre você quem dava força a todos nós, toda orgulhosa desses tres anjos que Deus lhe deu.
Acho que nunca pensei que alguém pudesse fazer tanta falta.
Quando eu tiver uma receita nova, vou pensar em você!
Quando eu for na gaiola ou no chinês, vou lembrar de você!
Quando eu aprender uma nova piada, ou um novo palavrão, vou lembrar de você!
vai ficar na minha memória, aquela mulher de garra, que me ensinou tanta coisa, exemplo de confiança e perseverança, elegante, linda, inteligente pouco se importando com o que os outros pensavam ou falavam, simplesmente amava viver!
há um vazio aqui agora, jamais será preenchido, sei que a dor ainda vai se transformar em sorriso, em lembranças doces!
Vou contar coisas de você para minha filha, quero dizer: "eu tive uma amiga, você ainda era um bebê, e ela sempre me dizia, o que as pessoas pensam de mim, não me diz respeito!"
Minha amada Rosa, choro hoje porque partiu, mas quem sabe passaremos uma eternidade sorrindo!!!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Não posso perder o foco! é tudo que penso agora.
" Não posso perder o foco!", mas meu coração é tão teimoso e tantas vezes traz a tona esse tolo sentimento, essa vontade de perder o foco.
Eu tenho medo de não conseguir, tenho medo de errar, de pisar em falso, de cair.
Mas respiro fundo, eu sinto Ele aqui ao meu lado, me dando forças, e quando meus pensamentos tenta convencer meu coração, Ele me segura, e simplesmente me mantenho sentada aqui, olhando o mundo viver lá fora, "o foco" Ele sussura em meu ouvido, aos poucos uma paz invade meu ser e sinto forças mais uma vez, Não posso perder o foco, percebo que estou sussurrando para mim mesma, o sorriso se levanta em meu rosto, mais um dia sem perder o foco, amanhã? amanhã é um novo começo, um novo desafio: Não perder o foco!
Jesus é meu foco, uma vida consagrada a Ele, total e completa entrega a Ele, meu foco.
Viver com Cristo, cada segundo que se passa, meu propósito, e eu sei que Ele me ajuda, a manter o foco!
Jesus, amigo e companheiro, meu protetor!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Névoas

Esse é um dos meus poemas preferidos do Fagundes Varela, vou postá-lo aqui pra suspirar um pouco...(risos)


Névoas


Nas horas tardias que a noite desmaia
Que rolam na praia mil vagas azuis,
E a lua cercada de pálida chama
Nos mares derrama seu pranto de luz,

Eu vi entre os flocos de névoas imensas,
Que em grutas extensas se elevam no ar,
Um corpo de fada — sereno, dormindo,
Tranqüila sorrindo num brando sonhar.

Na forma de neve — puríssima e nua —
Um raio da lua de manso batia,
E assim reclinada no túrbido leito
Seu pálido peito de amores tremia.

Oh! filha das névoas! das veigas viçosas,
Das verdes, cheirosas roseiras do céu,
Acaso rolaste tão bela dormindo,
E dormes, sorrindo, das nuvens no véu?

O orvalho das noites congela-te a fronte,
As orlas do monte se escondem nas brumas,
E queda repousas num mar de neblina,
Qual pérola fina no leito de espumas!

Nas nuas espáduas, dos astros dormentes
— Tão frio — não sentes o pranto filtrar?
E as asas, de prata do gênio das noites
Em tíbios açoites a trança agitar?

Ai! vem, que nas nuvens te mata o desejo
De um férvido beijo gozares em vão!...
Os astros sem alma se cansam de olhar-te,
Nem podem amar-te, nem dizem paixão!

E as auras passavam — e as névoas tremiam
— E os gênios corriam — no espaço a cantar,
Mas ela dormia tão pura e divina
Qual pálida ondina nas águas do mar!

Imagem formosa das nuvens da Ilíria,
— Brilhante Valquíria — das brumas do Norte,
Não ouves ao menos do bardo os clamores,
Envolto em vapores — mais fria que a morte!

Oh! vem; vem, minh'alma! teu rosto gelado,
Teu seio molhado de orvalho brilhante,
Eu quero aquecê-los no peito incendido,
— Contar-te ao ouvido paixão delirante!...

Assim eu clamava tristonho e pendido,
Ouvindo o gemido da onda na praia,
Na hora em que fogem as névoas sombrias
– Nas horas tardias que a noite desmaia.

E as brisas da aurora ligeiras corriam.
No leito batiam da fada divina...
Sumiram-se as brumas do vento à bafagem,
E a pálida imagem desfez-se em — neblina!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Ergo meus olhos ao céu, está tão negro, não há lua e nem uma estrela sequer no céu, a escuridão toma conta, olho o mar revolto, posso ouvir o assovio malvado do vento, balançando a pequena embarcação, eu estou nela!
O mar levanta as mais altas ondas, sinto que meu pequeno barco vai virar de uma vez, mas ele balança e não vira, me seguro forte.
Sinto na minha pele o ar gelado, estou encharcada, cada vez que tento respirar mais fundo, uma enorme onda se quebra dentro de meu barco, e quase me afogo com a agua salgada batendo fortemente em meu rosto.
Estou só, não há nenhuma outra embracação a vista, um raio corta o céu num bramido que assusta, e agita ainda mais as ondas, a ira do mar me assuta cada vez mais,tenho medo, estou apenas esperando o momento final em que meu barco vai naufragar e afundar nas profundezas levando dentro de si, meu frágil corpo.
Fecho meus olhos, então a única coisa que consigo pensar é em um dia ensolarado, onde o mar calmo beija a areia da praia, olho o céu, é o mesmo céu azul que eu vi hoje pela manhã, algo me impulsiona e levanto-me no pequeno barco, as ondas me fazem cambalear, mas sou firme, estou agora aqui, em pé, braços abertos, as ondas geladas lavam meu corpo, mas não me derrubam, ergo meus olhos ao céu, uma chuva forte caí abundantemente, estou sorrindo, lembrei-me dEle, esta ali, não posso vê-lo mas posso sentí-lo, segurando minha mão, não me deixa cair.
O mar esta revolto, castiga minha pequena embarcação, mas estou aqui, de pé, com Ele, não tenho mais medo!
Jesus esta comigo, se Ele não acalmar o mar e o vento, vai me manter segura, e quando a tempestade passar, vou navegar em calmas águas, mas se Ele quiser que eu apenas navegue em terríveis tempestades, sendo sempre açoitada pelo mar, não terei medo, Ele está comigo, não vou naufragar!
Não tenho mais medo, no meio dessa tempetade, sinto paz!

sábado, 5 de junho de 2010

Hoje pensei em quanto seria bom ter você aqui,
eu sei que não se tem esperança;
você se foi!
não há um telefone em que possa ligar e ouvir sua voz;
não há lugar onde eu simplismente possa ir e ver seu sorriso lindo;
você se foi!
Quanto vazio deixou em meu peito, quanta dor nessa alma;
Sinto falta de suas conversas olhando dentro dos meus olhos;
sinto falta de acordar pela manhã e saber que estaria ali ao lado;
sinto falta de ouvir seu riso ao longe;
de sentir seu olhar provocante em meus olhos;
você se foi!
sentei-me aqui ao sol morno, há tanta vida aqui fora;
as pessoas passam apressadas, tenho vontade de gritar,
- Ei! parem um pouco ele se foi, e vocês nem se importam?
Eles nem se importam, o vento ainda sopra um ar gelado!
o sol ainda aquece de um jeito morno,
o inverno ainda se arrasta;
e a vida continua!
Estou aqui lembrando daquela canção que você cantava;
na verdade eram tantas canções!
e os seus olhos provocantes! sempre seus olhos!
o sorriso no canto da boca,
as mensagens nunca respondidas no celular,
as ligações demoradas,
suas manias, seu mau humor!
você se foi!
e as vezes bate esse desespero em meu peito,
tenho essa louca vontade de sair por aí;
te encontrar, não sei onde, mas quem sabe...
te gosto ainda! de um jeito meu, te gosto;
você se foi...


Escrevi essa em 05/06/2000
nem sei pra quem! (risos)

terça-feira, 1 de junho de 2010

Estou aqui olhando o cursor piscar em uma tela branca, tantas palavras vem a mente, e penso em ordená-las em frases coerentes e inteligentes, mas antes mesmo que cheguem até a ponta de meus dedos e os façam esbarrem suavemente sobre as teclas macias do teclado, elas desaparecem.
Penso no que gostaria de escrever, sobre as coisas que gostaria de falar, de que meu coração está cheio? ah! tantas e tantas coisas, solto a voz de Ben E. King, para ver se quem sabe, a inspiração venha beijar minha face morna.
há um pensamento que ronda minha mente, tento afugentá-lo, de todas as coisas que eu poderia escrever, concerteza essa seria a última. Sinto o aroma do café forte, fumegante, tento concentrar minha mente em outras coisas, poderia escrever sobre o inverno rigoroso que ruge lá fora, fazendo que as pessoas encolham-se e escondam suas faces avermelhadas dentro de grossas golas de lã.
Eu poderia escrever sobre algum filme que vi nesse fim de semana, poderia escrever sobre alguma experiência que tive, mas de repente quando tento concentrar meus olhos no monitor e começar um texto sobre qualquer futilidade desses meus dias que se arrastam, vem o pensamento, poderia se dizer que não é bem "um pensamento", mas um riso, umas lembranças bobas, um nome, sinto um medo, uma pontinha de medo abraça de leve meu coração, e ao mesmo tempo uma euforia quase insana sorri e entrelaça os dedos em volta do meu peito.
Proibi meus lábios de pronunciar qualquer letra que componham o nome, mas quase que imperceptível elas se juntam docemente em minha língua e escapam pelos lábios entreabertos, saem, suave como uma morna tarde de outono, quente como pedacinhos de raios de sol que passam pela cortina e beijam minhas pálpebras pela manhã.
Tento evitar o sorriso bobo em minha boca, mas os músculos quase involuntários se erguem em minha face e formam um sorriso quase imperceptível.
O pensamento abraça minha mente, e já não há mais espaço para fugir, vai tomando conta de cada pedacinho lúcido que ainda resta, e já não me resta outras palavras em minha mente, apenas um nome ecoando em suaves batidas, numa deliciosa onda que banha a alma.
Já nem sei se é medo ou euforia, meu coração já nem sabe mais o que dizer sobre os confusos sentimentos que o tomam, louco, é apenas o que ele diz agora, louco pensamento!