terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Sem título, sem nome, vazio, frio e estagnado!

Estou estagnada!

Sinto como se todo o rio da minha vida, tivesse desembocado não num mar imenso e cheio de surpresas, fluindo em ondas fantásticas e explodindo em extase na praia. mas é como se o rio da minha vida tivesse desembocado em um lago, calmo, parado e gelado.
Estou olhando ao redor, não há movimento nas aguas, esta tudo parado como se nem uma brisa, suave que seja, possa formas algumas ondas!
Olho pra mim ao espelho, o que vejo? sinceridade? não consigo ver nada, a única coisa que as vezes sorri um sorriso quase maquiavélico no espelho é o medo, medo de onde estou, medo de jamais sair desse lago sem ondas, estagnado!
Como vim parar aqui? meu caminho parcia tão certo, quando eu olhava ao longe podia ver um mar agitado e cheio de ondas, podia sentir o cheiro da agua se revirando em vida, ouvia o som ensurdecedor do quebrar das ondas, que arrastavam a areia branca para a praia, eu conseguia ver vida no fim do meu caminho!
devo ter trocado meus caminhos em algum momento, o rosto no espelho não me diz nada, absolutamente nada, são apenas olhos vazios, lábios calados!
As vezes tenho um pensamento tão louco, que não aprece ser meu, parece ser uma idéia sussurrada em meus ouvidos, mas em algum momento esse pensamento vem e de tão insano parece ser a cousa mais viável, penso que estou morta!
Talvez toda a vida em mim dissipou-se, e eu nem percebi que aos poucos morria, quem sabe seja apenas um corpo sem vida, sem reações vivendo entre os vivos.
Uma carne que não se decompõe, olhos que não se fecham, coração que não bate, pulmões que não respiram! não sei se todos ao meu redor conseguem perceber essa gravidade, parece-me que não, eles me olham, vejo que seus lábios movimentam-se formando sons, juntando palavras, formando frase, tentando em vão dialogar comigo, eles não percebem, não conseguem ver, pois estão ali ao meu lado, mas não vem a falta de vida em mim! penso em perguntar, em berrar a eles, "como não conseguiram perceber que eu morria!" mas falta-me forças, e sentimento para me expressar, eu apenas os olho, e os deixo falar, e falar, eles não conseguem ver mesmo!
E assim arrasto esses meus dias, sem vida, vazia, estagnada!
Quando será que foi meu ultimo suspiro, qual foi o ultimo dia em que teve vida em mim, oh! eu não percebi que morria!
Estou perdida, só e vazia, uma vez eu lembro, me falaram de esperança, de sonhos, de realizações e conquistas, me falaram de coisas incríveis, e eu realmente acreditei, acreditei sim, era o que motivava, era o que estampava em meu rosto aquele sorriso, era o que soava em meu riso, mas fui percebendo que eram apenas fantasias vividas em conjunto, eram só palavras, primeiro morreu o som do riso, depois apagou-se o sorriso, até sumir o brilho do olhar, estou morta!
Olho pra mim no espelho, até meu medo morreu, foi-se, não existe medo aos mortos, não existe nada, apenas vazio, e estagnação!
Morria e ninguém percebeu, morri e ninguém percebe!

Nenhum comentário:

Postar um comentário